Anaïs Nin, A Fugitiva e Delta de Vênus Erótica
- Naiara Paula
- 14 de jan. de 2017
- 12 min de leitura

O “Delta de Vênus Erótica” é uma coletânea de histórias que, sabemos, foram encomendadas por um cliente à escritora francesa Anaïs Nin, e que depois foram reunidas e transformadas em livro. O “A Fugitiva” é um conjunto de três histórias, duas delas publicada também em Delta de Vênus Erótica, a primeira história de nome Basco e Bijou e a segunda, Manuel. A terceira, A fugitiva, que dá nome ao pequeno livro, e da “Coleção 64 Paginas”, da LP&M Pocket, editora que eu gosto muito, aliás. Com tradução de Haroldo Netto e Lúcia Brito. E Basco e Bijou e Manuel em Delta de Vênus Erótica, da editora Artenova, com tradução de E. Artens; que li há mais ou menos cinco anos.

Bem, o que eu posso dizer das três histórias reunidas no livro A Fugitiva é que eu quero acreditar que devia ser muito difícil para a autora ter que satisfazer os desejos sexuais do seu cliente sem nenhuma ou pouquíssima apuração estética, se privando de sua poética e enxugando tudo até restar somente sexo. Poesia não pagava as contas. Parece que ainda não paga (risos). Eu não gostei desses três contos, mas eu sei que ela saberia que eu e muitas mulheres não gostaríamos, a introdução de Delta de Vênus Erótica é quase uma justificativa, ou um esclarecimento. Era uma encomenda para um cliente, visivelmente machista que só queria gozar. Porém, não consigo desculpar as violências cometidas contra as mulheres e sua total objetificação. Não gostei de nada. Não, espera! Tem algo que eu gosto muito, duas coisas, a primeira é ler uma mulher e, uma mulher que escreve literatura pornográfica, posso dizer pornográfica e não somente de erótica? Acho para esse livro sim, e não vejo problema em ser pornográfica também, a palavra não é para diminuir, apenas para classificar. A mim me pareceu pornografia e nem tudo erotismo, e eu não quero dá um tom hierárquico a isso, os dois temas me agradam muito, sem moralismo. Isso muito me entusiasma enquanto leitora e também enquanto escritora. A outra coisa de que gosto é desse caminho que ela nos faz tomar na leitura e durante percebemos que ela quer nos mostrar outra coisa, uma técnica admirável, você se envolve com o romance (aquilo não é um romance nem de longe), entre Jean Jeanette, por exemplo, mas todo aquele enredo é para lhe dizer outra coisa. Encontramos isso em outros textos, claro, mas eu queria dizer que gosto disso aqui. A tradução da Artenova é melhor e mais expansiva, quer dizer, é possível apreciar melhor o texto dela, a maneira de escrever com mais meandros, a da LP&M está bastante reduzida, acredito que para caber na “Coleção 64 Páginas”, no livro maior é possível apreciar melhor seu estilo e suas tentativas literárias. Do mais, só degradação da figura feminina, da figura preta, da figura latina, eu imagino que esse deva ter sido o pior lado de ser feminista na década de 1940, ou o pior lado de ser feminista e ter que obrigatoriamente atender aos desejos machistas de um “cliente” para pagar suas contas. Não sei. Obviamente que isso não é sobre feminismo e menos ainda sobre a vida da escritora, e sim um comentário sobre o livro, há muito mais para se saber sobre o feminismo que eu não me sinto capaz de comentar agora, mas que, seriamente, questões como essa são indissociáveis durante a leitura do livro: uma mulher feminista colocando outras mulheres num nível de abuso masculino vergonhoso. E eu não estou falando de fazer sexo, eu adoro fazer sexo e muito de nós adoramos fazer sexo...!Com ou sem fetiche. E nós também adoramos literatura erótica :)! Estou falando do modo como está escrito. Quando ficamos felizes em imaginar uma tal liberdade sexual feminina, ou em conjunto com o masculino, o livro nos apresenta uma série de estupros, masturbações com crianças e violência psicológica contra a mulher. Claro que nós sabemos o quanto é difícil ser mulher, imagina ser mulher escritora de literatura erótica, não quero julga-la tão severamente, ainda mais sendo consciente do contexto em que ela escrevia (você pode ler no prefácio de Delta de Vênus Erótica). As observações são sobre o livro apenas, pois sabemos todos o quanto Anaïs Nin foi fascinante em sua vida. Mas voltando para sua obra: deprimente! Ela também reunia histórias dos amigos para elaborar e envia-las, todos eram racistas e machistas ou todos estavam só tentando a todo custo garantir o dinheiro de suas contas - afinal é preciso comer - com racismo e machismo através das mãos de um mulher? Sinistro não!? Pensemos. Também não me senti nada animada com o restante das histórias em “Delta de Vênus Erótica”, as mesmas decepções com tons um pouco diferentes, mas sobre elas falamos em outra oportunidade.
É preciso falar daquele absurdo estereótipo do homem preto africano que sequer pôde ter o direito de ganhar um nome. Além de tudo, é racista. O homem preto africano hiper sexualizado, que, finalmente pretende naturalmente dar prazer às mulheres enquanto também o recebe, se mostra, na verdade, um tipo bizarro (não pelos fetiches, isso não está em questão, afinal é um livro sobre sexo), que estupra mulheres enquanto as hipnotizam e gosta de mulheres sujas, este é justamente o fetiche sexual do africano, sujeira. Coincidência? “Sabe Bijou, disse ele, eu a amaria mais se você não se lavasse tão frequentemente. Amo o cheiro de seu corpo, mas quase não dá para sentir. Desaparece com tantos banhos. Por isso raramente desejo mulheres brancas.” Você diria que é só mais um dos fetiches do livro, tem vários, suponho que é o que dava prazer ao “cliente” da escritora. Mas não é sobre isso, eu te digo que ela claramente está, como muitos, cunhando a imagem de que mulheres brancas são absolutamente higiênicas e de que “pretas são fedidas”. As sutilezas do racismo... E ela era feminista.

Algumas pessoas se importam com spoiler em literatura, muito compreensivo,mas fiquem tranquilos, vou tentar não estragar a festa. Apesar de achar quase impossível, porque, como proposto, vou escrever sempre e principalmente os trechos dos livros. Desse escolhi um único momento, com muito custo, em que achei que a mulher estava dando prazer, já que é um livro sobre sexualidade, mas também sentindo prazer do modo que desejava sentir. O restante do livro – A Fugitiva – é uma sucessão de uso do corpo feminino para o prazer exclusivamente masculino, ora com violência física, ora com violência psicológica. Em a Fugitiva, o conto, uma menina de 16 anos que ao menos deseja ela mesma o sexo com dois homens mais velhos, não muito mais, por volta dos 30 anos, a menina é deixada de lado e agregada à vida dos homens como um pano de tirar pó dos armários, essa história até tinha um grande potencial para ser uma boa leitura, mas não foi. Não foi mesmo.
Precede a cena: um casal de fregueses presencia, como voyeurs, uma sena de sexo entre Viviane, Basco e Bijou.
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Ela enfiou as mãos por baixo das costas, desafivelou o cinto (um pênis de plástico que estava agarrado a sua cintura), e afastou o falso pênis. Então ele se atirou sobre ela, que, ainda segurando o pênis, agarrou-o sobre as nádegas do homem que agora estava enterrado dentro dela. Quando ele se ergueu para arremeter contra ela de novo, ela meteu o pênis de borracha dentro de suas nádegas. Ele saltou como um animal selvagem e atacou-a ainda mais furiosamente. Cada vez que ele se erguia, via-se atacado por trás. Sentiu os seios da mulher esmagados embaixo dele, rolando sob seu peito, a barriga de pele de marfim ondulando sob a dele, o quadris dela contra os seus, a vagina tão molhada e quente. E cada vez que ela arremetia o pênis dentro dele, ele sentia não apenas o seu turbilhão, mas também o dela. Receou que a sensação dupla o levasse a loucura. Viviane ainda estava deitada, ofegante, observando Bijou e Basco. O casal de fregueses, ainda vestido, caíra sobre ela. Ambos, excitadíssimos, se esfregavam freneticamente em Viviane, confusos demais pelas próprias emoções selvagens que os dominavam para terem a ideia de procurar um orifício.
O Basco deslizava para frente e para trás. A cama balançava enquanto eles rolavam e arquejavam, todas as curvas preenchidas, a máquina do voluptuoso corpo de Bijou destilando mel. Ondas de prazer se propagaram das raízes de seus cabelos à pontas dos pés, cujos dedos se retorciam, entrelaçados. Suas línguas se projetavam para fora das bocas vermelhas, como absurdos pistilos. Os gritos de Bijou foram aumentando de volume numa interminável espiral, “ah, ah, ah, ah, ah”, expandindo-se, ampliando, alargando, gritos cada vez mais selvagens. A cada um o Basco reagia com um mergulho mais profundo (...).
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Também queria mostrar para vocês esse exemplar que comprei em Paris, naquele maravilhoso sebo que tem às margens do rio Sena. Está em em francês, obviamente, e guardadinho.
Talvez vocês gostem de ler o posfácio, na verdade, acho que vocês gostariam de ler o prefácio mas é muito grande para transcrever em francês. Talvez eu faça quando tiver com menos preguiça (risos).

Anaïs Nin TRADUIT DE L'AMÉRICAN PAR BÉATRICE COMMENGÉ
TITRE ORIGINAL: DELTA OF VENUS EROTICA
HARCOUT BRACE JOVANOVICH, NEW YORK, 1977.
Este: the Anaïs Nin Trust et Éditions Stock, 1978.
Atelier Pascal Vercken
"Les lecteurs du célèbre Journal d'Anaïs Nin savent qu'en 1950, sur l'instigation d'un mystérieux collectionneur, Henry Miller et Anaïs Nin écrivirent des << érotiques>>.
Longtemps, ces textes furent mis en sommeil.
Depuis sa publication, ce livre n'a cessé de figurer sur la liste des best-sellers et la critique a accueilli avec enthousuasme ces textes particulièremente révélateurs du talent romanesque d'Anaïs Nin."
Encontrei um filme referente no youtube também. Para maiores de 18 anos.
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La traduction automatique en français
Le "Delta de Vénus Erotica" est une collection d'histoires que nous savons ont été commandés par un client à l'écrivain français Anaïs Nin, puis ont été réunies et transformé en un livre. Le "The Fugitive" est une collection de trois histoires, deux d'entre eux a également publié dans Venus Erotica Delta, le premier nom basque de l'histoire et Bijou et le second, Manuel. Le troisième, le fugitif, qui nomme le petit livre, et "Collection 64 Pages", LP & M Pocket, éditeur J'aime beaucoup, en fait. Avec la traduction de Haroldo Netto et Lucia Brito. Et Basque et Bijou et Manuel Venus Erotica Delta, l'éditeur Artenova, avec traduction E. Artens; Je lis pendant environ cinq ans.
Eh bien, ce que je peux dire des trois histoires recueillies dans Le Fugitif est que je veux croire qu'il doit être très difficile pour l'auteur d'avoir à satisfaire les désirs sexuels de votre client sans aucune ou très peu de recherche esthétique, privant de sa poétique et essuyant tout jusqu'à ce qu'il y seulement le sexe. La poésie ne payait pas les factures. Il semble que non payé encore (rires). Je n'ai pas aimé ces trois histoires, mais je sais qu'elle saura que moi et beaucoup de femmes n'aime pas l'introduction de Vénus Erotica Delta est à peine une justification ou une clarification. Il était un ordre pour un client, visiblement chauvine qui voulait juste profiter. Cependant, je ne peux pas excuser les violences commises contre les femmes et son objectivation totale. Je n'aimais pas quoi que ce soit. Non, attendez! Il y a quelque chose que je veux vraiment, deux choses, la première est de lire une femme et une femme qui écrit la littérature pornographique, je peux dire non seulement pornographique et érotique? Je pense que pour ce livre, oui, et je ne vois aucun problème d'être pornographique, ainsi, le mot est de ne pas diminuer, pour classer. Pour moi, il semblait la pornographie et l'érotisme pas tout, et je ne veux pas donner un ton hiérarchique de cela, les deux thèmes me plaisent beaucoup, sans moralisme. Cela me excite beaucoup comme lecteur et aussi comme un écrivain. L'autre chose que je veux est que la façon dont il nous fait prendre la lecture et pendant réalisé qu'elle veut nous montrer quelque chose d'autre, une technique admirable, vous vous impliquez avec le roman (il est pas un roman ou de loin), entre Jean Jeanette, par exemple, mais tout ce que l'histoire est de vous dire quelque chose d'autre. Nous trouvons cela dans d'autres textes, bien sûr, mais je voulais dire que je l'aime ici. Traduction de Artenova est meilleure et plus large, qui est, vous pouvez profiter de son texte la meilleure, façon d'écrire plus sinueuse, le LP & M est très faible, je crois que pour tenir dans la "Collection 64 Pages," le plus grand livre Vous pouvez mieux apprécier son style et ses tentatives littéraires. Plus, seule la dégradation de la figure féminine, figure noire, de la figure latine, je suppose que cela doit avoir été le plus mauvais côté d'être féministe dans les années 1940, ou le plus mauvais côté d'être féministe et doivent satisfaire nécessairement les désirs chauvines d'un «client» pour payer leurs factures. Je ne sais pas. Évidemment, ce ne sont pas sur le féminisme et encore moins sur la vie de l'écrivain, mais un commentaire sur le livre, il y a beaucoup plus à savoir sur le féminisme que je ne me sens pas en mesure de commenter maintenant, mais sérieusement des questions comme qu'ils sont inséparables en lisant le livre: une femme féministe mettant d'autres femmes à un niveau de violence honteuse masculine. Et je ne parle pas de sexe, j'aime le sexe et nous aime le sexe! ... Avec ou sans fétiche. Et nous aimons aussi erotica :)! Je parle de la façon dont il est écrit. Quand nous sommes heureux d'imaginer une telle liberté sexuelle féminine, ou avec le mâle, le livre présente une série de viols, masturbation avec les enfants et la violence psychologique envers les femmes. Bien sûr, nous savons combien il est difficile d'être une femme, imaginer être une femme écrivain de l'érotisme, je ne veux pas le juger si sévèrement, même en étant conscient du contexte dans lequel elle a écrit (vous pouvez lire dans Delta préface Venus Erotica). Les commentaires sont sur le livre simplement parce que nous savons tous comment Anaïs Nin était fascinant dans sa vie. Mais revenons à son travail: déprimant! Elle a également recueilli des histoires d'amis pour préparer et envoyer tous étaient racistes et sexistes ou tout le monde était juste essayer à tout prix pour assurer l'argent de leurs comptes - après tout, il est nécessaire de manger - avec le racisme et le machisme dans les mains d'une femme? Sinister pas!? Pensez. Aussi je ne sentais rien excité au sujet du reste des histoires dans "Delta de Vénus Erotica", les mêmes déceptions avec légèrement différentes tonalités, mais ils parler à un autre moment. Il faut mentionner que le stéréotype absurde de l'homme noir africain qui pourrait même avoir le droit de gagner un nom. Après tout, il est raciste. L'homme noir africain hyper sexualisée, qui vise finalement à donner naturellement plaisir aux femmes tout en reçoit également, il se trouve, en fait, un type bizarre (non pas par Fétiches, il est hors de question, après tout, il est un livre sur le sexe), qui viole les femmes tandis que l'entrée et comme les femmes sales, ceci est juste sexuel terre africaine fétiche. Coincidence? "Vous savez Bijou, dit-il, je l'aime plus si vous ne lavez pas aussi souvent. J'aime l'odeur de son corps, mais presque ne se sent pas. Disparaît avec autant de salles de bains. Donc désirer rarement des femmes blanches. "Vous dites qu'il est juste un autre des fétiches du livre, a plusieurs, je suppose que ce qui a donné du plaisir au« client »de l'écrivain. Mais c'est à ce sujet, je vous dis qu'il est clairement pas autant, forgeant l'image que les femmes blanches sont absolument hygiénique et que «le noir est minable." Les subtilités du racisme ... Et elle était une féministe.Certaines personnes se soucient de la littérature spoiler, très compréhensif, mais rassurez-vous, je vais essayer de ne pas gâcher la fête. Bien que je trouve presque impossible parce que, comme l'a proposé, va écrire pour toujours et la plupart des livres. Cela a choisi un seul instant, à grands frais, dans ce que je pensais que la femme donnait le plaisir, car il est un livre sur la sexualité mais aussi prendre du plaisir dans la façon dont il voulait se sentir. Le reste du livre - Le Fugitif - est un corps féminin l'utilisation de la succession au plaisir exclusivement masculin, parfois avec violence physique, parfois avec violence psychologique. Dans le Fugitive, l'histoire, une jeune fille de 16 ans qui veulent au moins pour elle-même des relations sexuelles avec deux hommes plus âgés, pas beaucoup, autour de 30 ans, la jeune fille est laissée sortir et agréger la vie des hommes en tant que chiffon pour enlever les armoires de poussière, cette histoire avait même un grand potentiel pour être une bonne lecture, mais il n'a pas été. Il n'a pas été le même.Précéder la scène: un couple de mécènes présence, comme voyeurs, six rapports sexuels entre Viviane, basque et Bijou.
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Elle a poussé ses mains dans son dos, débouclé la ceinture (un pénis en plastique qui a été accroché à sa taille), et retiré le faux pénis. Puis il se jeta sur elle, qui, tenant toujours le pénis, le saisit sur les fesses de l'homme qui était maintenant enterré à l'intérieur d'elle. Quand il est passé à tomber sur elle à nouveau, elle a mis le coq en caoutchouc dans ses fesses. Il a sauté comme un animal sauvage et attaqué encore plus furieux. Chaque fois qu'il se tenait, se vit attaqué par derrière. Il sentit les seins de la femme écrasée sous lui, rouler sous sa poitrine, son ventre d'ivoire de la peau ondulant sous lui, ses hanches contre les siennes, le vagin tellement humide et chaud. Et chaque fois qu'elle se jeta sa queue à l'intérieur de lui, il se sentait non seulement son tourbillon, mais aussi la sienne. Craint que le double sens l'a conduit à la folie. Viviane était encore couché, haletant, en regardant Bijou et basque. Le couple de clients, toujours vêtu, était tombé sur elle. Les deux très excités, se frotta frénétiquement Viviane, trop confus par leurs propres émotions sauvages qui dominent à avoir l'idée de chercher un trou.Le Basque a glissé en arrière. Le lit a secoué comme ils ont roulé et haletait, toutes les courbes remplies, la machine Bijou corps voluptueux distiller le miel. Des vagues de plaisir de se propager les racines de ses cheveux aux orteils, dont les doigts tordus, entrelacés. Leurs langues sortaient de la bouche rouge, comme pistils absurdes. Les cris de Bijou ont augmenté en volume en une spirale sans fin, "ah, ah, ah, ah, ah", l'expansion, l'expansion, l'expansion, des cris de plus en plus sauvages. Chaque basque réagi avec une plongée plus profonde (...).
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Je voulais aussi vous montrer cette copie je l'ai acheté à Paris, ce merveilleux sébum qui est sur les rives de la Seine. Il est en français, bien sûr, et guardadinho.Peut-être que vous aimez lire le post-scriptum, en fait, je pense que vous souhaitez lire la préface, mais est trop grand pour transcrire en français. Peut-être que je vais faire quand vous avez moins paresseux (rires).
Anaïs Nin TRADUIT DE L'AMÉRICAIN PAR BÉATRICE CommengeTITRE ORIGINAL: DELTA DE VENUS EROTICAHarcout Brace Jovanovich, NEW YORK, 1977.Ce: la confiance et Anaïs Nin Éditions Stock, 1978.Atelier Pascal Vercken"Les Lecteurs du Journal d'Célèbre Anaïs Nin 1950 sur savent Qu'en l'instigation d'ONU mystérieux Collectionneur, Henry Miller et Anaïs Nin écrivirent des érotiques << >>.Longtemps, bureaux TEXTES mis en sommeil furent.publication, CE libre n'à Interdictions de Figurer-sur DEPUIS LA LISTE des best-sellers et La Critique accueilli enthousuasme AVEC CES TEXTES particulièremente du talent d'révélateurs roman Anaïs Nin.
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