Brasileira,  nascida e criada em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Hoje residente  na Cidade do Rio de Janeiro. Mulher Preta, responsável,  interessada e comprometida com os estudos das Filosofias Africanas e Afrobrasileiras, e que estudou e pesquisou e gosta  de ler sobre Artes e Filosofias ocidentais e alguns temas da Filosofia oriental.

     Filha de Vera Paula de Souza, neta de Luiza Paula e bisneta de Maria Paula.

    Graduada em Filosofia - Mestre em Artes - Doutora em Filosofia - Pós- doutora em Filosofia, em Estética e Filosofia da Arte Iorubá. Professora Adjunta de Filosofia Africana no Departamento de Filosofia da UERJ. Pioneira na Pesquisa em Estética e Filosofia da Arte Africana no Brasil

 

E-mail: naiarapaula.e@gmail.com,
www.naiarapaulaeugenio.com

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Linkedin: naiarapaulaeugenio

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    Sou licenciada e bacharel em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro com trabalhos em Teoria do Conhecimento: Nietzsche e Filosofia Zen Budista. Durante o curso de filosofia, realizei pesquisas na área de Teoria do Conhecimento com assuntos desenvolvidos sobre o tempo em Santo Agostinho e Bergson, assim como também desenvolvi trabalhos em Estética trabalhando Nietzsche e a literatura, mas no começo do curso meu tema preferido era a filosofia antiga. Fui monitora de classe e participei de viagens acadêmicas para o estudo de História (ENEH) e de Filosofia (ENEFIL), assim como participei de palestras e seminários. 

    No mestrado em Crítica e História da Arte, pela mesma Universidade, desenvolvi a dissertação em estudos afrobrasileiros, algo que eu queria fazer desde a graduação que, na época, pela pouca bibliografia afrorreferenciada, não prosseguiu. Meu interesse pela Estética e Filosofia da Arte aumentou e levou-me a fazer um curso de Artes e me aprofundar mais no assunto. A ideia era fazer Artes no mestrado e voltar para a Filosofia no doutorado e pós-doutorado. Minha dissertação, "A face Guerreira das Iabás Obá, Euá e Oiá: articulações entre mito e representação", foi uma investigação artística e filosófica sobre a simbologia da arte sacra afrobrasileira, analisando os mitos e as formas representativas desses orixás nas artes plásticas e também a simbologia de uma força de organização feminina a partir dessas representações. A banca destacou a originalidade de levar a arte afrobrasileira para os estudos acadêmicos de História da Arte, a banca também apontou a relevância da metodologia e a riqueza dos modos de condução da pesquisa que levou à dissertação final.

    Por dois anos, estudei artes na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV, no Rio de Janeiro. Fiz viagens, levando a Filosofia da Arte Iorubá para Filadélfia por dois anos seguidos, na Howard University, em Washington e para a Universidade de Toulouse, na França. Fiz viagens museológicas para Amsterdã, Paris, Lisboa, Roma, Londres, Nova York, Madri, Washington, Marrocos e Praga. Produzi e publiquei artigos sobre Estética e Filosofia da Arte Africana. Participei de mesas acadêmicas, entrevistas, programas onlines, encontros e palestras sobre o assunto. Estive junto com os colegas da Filosofia Africana no que podemos talvez chamar de uma reorganização do pensamento Africano no Brasil. Organizei o dossiê Estética e Filosofia da Arte Africana na Problemata - Revista Internacional de Filosofia. Quando jovem, no começo da graduação, fiz um curso de espanhol que me possibilitou falar suficientemente bem o idioma para fazer dois cursos em Madrid, um deles na Universidade Complutense. Visitei a Espanha por três vezes para viagens culturais e de formação. Fiz uma curta formação de inglês na adolescência e continuei estudando em cursos onlines mais tarde,  mas esse inglês me permite me comunicar basicamente em viagens e realizar pesquisas a partir de leituras com auxílio de pessoas fluentes no idioma. Já o francês, aprendi sozinha para leituras curtas e básicas, mas com um nível suficiente de compreensão que pode ser verificado pelo fato de que uma das provas de línguas para ingressar no doutorado foi em francês, para qual obtive aprovação.

    Em 2017, fui citada, em reportagem do The Intecept Brasil, como uma das intelectuais negras que se destacam como importantes no país. Também em 2017, fui ao ar como uma das personalidades negras homenageadas pela jornalista Luciana Barreto em reportagem especial para a TV Cultura. Em 2019, fui convidada a lecionar por um dia na Howard University pela importância de meu trabalho. Em 2020 e 2021, dei entrevista para a ANPOF sobre minha pesquisa em Filosofia Iorubá. Em 2023, fui uma dos dez filósofos brasileiros homenageados pelo projeto Negro Muro, importante movimento artístico, cultural, educacional, político que homenagea grandes personalidades negras de todo o país.

    Fui professora de Filosofia da rede de escolas públicas do Rio de Janeiro, professora pesquisadora voluntária integrante no LLPEFIL-UERJ (Laboratório de Licenciatura, Pesquisa e Ensino de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro); coordenadora de pesquisas e projetos no Laboratório Geru Maa de Africologia e Estudos Ameríndios, na UFRJ, desenvolvendo pesquisas e traduções em Arte e Filosofia Africana e aulas abertas ao público como evento para aproximar a população ao estudo da Filosofia Africana. Organizei o site de artigos acadêmicos em Filosofia Africana e Africana Diaspórica, o Filosofia Africana Brasil (não mais em atividade, mas ainda online), e fui a idealizadora e organizadora do I Congresso de Filosofia Africana e Afrodiaspórica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 2017. Sou escritora com dois romances de publicação própria, Ausência e Primavera. Reúno textos e traduções para uso didático sobre cultura e filosofia no site pessoal awww.naiarapaula.wixsite.com/arteefilosofia

    Sou doutora em Filosofia na linha de Pesquisa Estética e Filosofia da Arte pela UERJ, com tese intitulada "Ìyálewá: sobre a origem da obra de arte iorubá". Meu doutorado teve como banca geral os doutores Rosa Maria Dias, da UERJ; Bayo Omolola, da Howard Univerty; Marcelo Campos, da UERJ e curador do Museu de Arte do Rio - MAR; Renato Nogueira, da UFRRJ; Wanderson Flor do Nascimento, da UnB; Aline Carmo, do Pedro II e     Pedro Hussak, da UFRRJ. Aprovada com louvor.  

Atualmente, sou professora coordenadora de pesquisa CNPq, no Grupo de Pesquisa Pensamento Estético Contemporâneo, na UFRRJ, no núcleo Estética e Filosofia da Arte Africana. Possuo experiência em curadoria e projeto curatorial de arte e edição básica de livros físicos e sites e inclinação pessoal de interesse em temas femininos, arte, educação, decoração, moda, filosofia, africologia, orientalismo, cinema, fotografia, literatura, mídia, teatro e jornalismo informativo cultural.

    Desde Março de 2022, desenvolvo minha pesquisa de pós-doutorado em Filosofia na área de FILOSOFIA- SUBJETIVIDADE, ÉTICA E POLÍTICA com pesquisa em Estética e Filosofia da Arte na UFRRJ, supervisionada pelo doutor Pedro Hussak. O tema envolve reunir conceitos da Estética e Filosofia da Arte Iorubá para que possamos explorar o assunto a partir dos temas do próprio continente Africano. Ou seja, aplicando na área de Filosofia da Arte os temas de suas próprias investigações filosóficas a partir de sua própria cultura. O tema gira em torno da construção, compreensão e apreciação do belo. 

    Traduzi livros inéditos inserindo conceitos inexistentes no Brasil para a Arte e Filosofia Africana, hoje já utilizado por muitas pessoas.

    Desde muito jovem sempre considerei a formação acadêmica algo valioso e me empenhei bastante. Para mim, pesquisar é um prazer que eu nunca pretendo abandonar. Desejo que onde eu estiver trabalhando e pesquisando, possa contribuir com o meu melhor para a formação de outras pessoas.