top of page

A Canção de Hyperion, de Friedrich Hölderlin

Oh, santos gênios! Vós caminhais,

lá por cima, em luz, sobre terra suave.

Brilhantes deuses etéreos

Tocam-vos levemente,

Qual os dedos da artista

nas cordas santas

Sem destino, como a criança

Adormecida, os anjos respiram;

Castamente guardado

Em discretos botões,

O espírito floresce-lhes,

Eterno,

E os santos olhos

Vêem em silenciosa

E eterna claridade.

Nós, porém, fomos condenados a errar,

Sem descanso, p’la terra fora.

Ao acaso, de uma

Hora para a outra,

Os homens sofredores

Somem-se e caiem,

Como a água atirada de

Recife para recife,

Ano após ano, na incerteza.

Friedrich Hölderlin

Foto: a torre de Hölderlin


 
 
 

Comments


Artigos em destaque
Últimas Publicações
Follow Us
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
Search By Tags
Artigos Anteriores

Local:

Lapa - Rio de Janeiro Brasil.

 




 

© 2014-2025

Por Naiara Paula Eugenio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem do cabeçalho: Mulher com duas crianças carregando uma cabaça na cabeça (Arugbá). Madeira, uáji, pigmentos outros. Século XIX.

 

Arte Iorubá atribuída a Kobi Ogun Kakeye d'Òràngun-Ìlá.

 

Museu de Arte, Foudation for the Arts Collection, Gift of Mr. and Mrs. Atanley. Dallas, EUA. Fonte: Babatunde Lawal. 

246877399_10224945402565333_1850183244822758956_n.jpg
139034891_10223087579920928_223336733087
14(27)_edited.jpg
bottom of page